sexta-feira, 13 de junho de 2008


Lúcida em excesso por Clarice Linspector


“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.


Nunca fui muito fan de poesias, ou poemas, mas certos autores me encantam profundamente, Clarice Linspector se mostra uma delas. Postei aqui uma de suas crônicas, uma das que gosto mais. No link que vou postar abaixo, é possível ler mais algumas e conhecer um pouco mais sobre essa fantástica escritora e suas obras. Delicie-se...

Abraços...

Um comentário:

Unknown disse...

putz...
grandissima escritora!com certeza a arte de escrever nao sao pra todos que se acham poetas.ela com certeza tem esse don.sobre essa cronica so tenho a elogiar muito!
Clarice Linspector fantastica!

muito legal o blog fiinha.!!!
gostei bastante!
beijosgrandes.!